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.Afinal, você não acha que já estamos há muito tempo no Caminho deSantiago?Mas algo me dizia que sua pressa estava relacionada com a cena mágica do pastor e suasovelhas.Dois dias depois chegamos perto de umas montanhas que se elevavam ao sul, quebrando amonotonia dos imensos campos cobertos de trigo.O terreno tinha algumas elevações naturais, mas estavabem sinalizado pelas marcas amarelas do Pe.Jordi.Petrus, entretanto, sem me dar qualquer explicação,começou a se afastar das marcas amarelas e a penetrar cada vez mais em direção ao norte.Chamei a atençãopara o fato, e ele respondeu de uma maneira seca, dizendo que era meu guia e sabia onde estava me levando.Depois de quase meia hora de caminhada comecei a ouvir um ruído semelhante ao de águacaindo.Em volta haviam apenas os campos queimados pelo sol, e comecei a imaginar que barulho seriaaquele.Mas à medida que caminhávamos, o ruído aumentava cada vez mais, até não deixar qualquer sombrade dúvida de que vinha de uma cachoeira.A única coisa fora do comum é que eu olhava em volta e não podiaver nem montanhas, nem cachoeiras.Foi quando, cruzando uma pequena elevação, eu me deparei com uma extravagante obra danatureza: numa depressão de terreno onde caberia um prédio de cinco andares, um lençol d água despencava-se em direção ao centro da terra.Pelas bordas do imenso buraco, uma vegetação luxuriante, completamentedistinta da do local onde eu estava pisando, emoldurava a água caindo. Vamos descer aqui  disse Petrus.Começamos a descer e eu me lembrei de Jules Verne, pois era como se caminhássemos emdireção ao centro da terra.A descida era íngreme e difícil, e tive que segurar em galhos espinhosos e pedrascortantes para não cair.Cheguei ao fundo da depressão com os braços e pernas todos arranhados. Bela obra da natureza  disse Petrus.Eu concordei.Um oásis no meio do deserto, com a vegetação espessa e gotas de águaformando arco-íris, eram tão belos visto de baixo como visto de cima. Aqui a natureza demonstra sua força  insistiu ele. É verdade  concordei. E permite que demonstremos nossa força também.Vamos subir esta cachoeira  disse omeu guia. Pelo meio da água.Olhei de novo para o cenário a minha frente.Já não conseguia ver o belo oásis, o caprichosofisticado da natureza.Estava diante de um paredão de mais de quinze metros de altura, por onde a água caíacom força ensurdecedora.O pequeno lago formado pela queda da água tinha um nível que não ultrapassava aaltura de um homem em pé, já que o rio escoava com um barulho ensurdecedor para uma abertura que deviachegar às profundezas da terra.Não havia nem pontos no paredão onde eu pudesse me agarrar, nemprofundidade suficiente no pequeno lago, para amortecer a queda de alguém.Eu estava diante de uma tarefaabsolutamente impossível.Lembrei-me de uma cena acontecida cinco anos atrás, num ritual extremamente perigoso eque exigia  como este  uma escalada.O Mestre me dera a oportunidade de decidir se queria continuar ounão.Eu era mais jovem, estava fascinado pelos poderes dele e pelos milagres da Tradição, e resolvi ir emfrente.Era preciso demonstrar minha coragem e minha bravura. Depois de quase uma hora subindo a montanha, quando estava diante da parte mais difícil,um vento surgiu com uma força inesperada e eu tive que me agarrar com todas as forças na pequenaplataforma onde estava apoiado, para não despencar lá embaixo.Fechei os olhos, esperando pelo pior, emantive as unhas cravadas na rocha.Qual foi minha surpresa ao reparar, no minuto seguinte, que alguém meajudava a ficar numa posição mais confortável e segura.Abri os olhos e o Mestre estava do meu lado.Fez alguns gestos no ar, e o vento parou de súbito.Com uma agilidade misteriosa, na qualhaviam momentos de puro exercício de levitação, ele desceu a montanha e pediu que eu fizesse o mesmo.Cheguei lá embaixo com as pernas tremendo, e perguntei indignado porque ele não tinhafeito o vento parar antes que me atingisse. Porque fui eu quem mandou soprar o vento  respondeu. Para me matar? Para salvá-lo.Você seria incapaz de subir esta montanha.Quando perguntei se queriasubir, não estava testando a sua coragem.Estava testando sua sabedoria [ Pobierz caÅ‚ość w formacie PDF ]

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